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09/12/2017

Segundo domingo do Advento

Segundo domingo do Advento

Segundo domingo do Advento

Pr. Pedro R. Artigas

Igreja Metodista

 

Esta semana segundo a liturgia cristãjá se cumpriu os primeiros 100 anos sem que a Palavra de Deus fosse revelada ao povo. Segundo os livros deuterocanônicos de Macabeus temos ali o relato dessa época de densas trevas. Estes livros que não constam do Canon como sendo divinamente inspirados retratam a história do povo de Israel em um período onde faltaram os profetas e o povo andava como queria e fazia o que bem entendia. Levanta-se então Matatias Macabeus e seus filhos para se tornarem líderes da Nação e tentar conduzir o povo nessa época. Seu nome é inspirador visto que Macabeus quer dizer martelo, sua luta era contra os dogmas gregos que estavam sendo introduzidos na Judéia.

Mas voltando um pouco no tempo temos o livro de Isaías e em seu capítulo11, ele relata a profecia do nascimento de Jesus e escreve: “porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Versículos 1 e 2. Estas palavras do profeta nos remetem ao futuro que ainda estava por vir, não fala diretamente do nascimento de Jesus, mas quer que voltemos nosso olhar para o filho que vai nascer na manjedoura de Belém. No entanto, esperança escatológica e encarnação estão entrelaçadas. Pois o menino Jesus, que nasce no primeiro Natal, marca o início do Reino de paz e justiça, anunciado pelos profetas e esperado por todas as gentes. Conforme a tradição da antiga Roma (336 d.C.), o dia do nascimento de Cristo foi colocado no dia do retorno do domínio da luz exatamente para confessar que, para os cristãos, a vinda de Cristo marca o início do Reino de Deus. Essa palavra de Isaías é buscada pela família de Macabeus que graças a estes três líderes, a liberdade religiosa é recuperada, o País torna-se independente por um breve período e o povo torna a gozar de paz e tranquilidade.

Hoje o mundo, ou será que podemos chamar de a grande aldeia, está no mesmo patamar do tempo dos Macabeus, mesmo estando vivendo sob a Graça de Deus, vivemos infelizmente na mais profunda das trevas. Guerras e ameaças de guerras, fome, e toda sorte de intrigas vicejam como praga no campo, e induzem todos à instabilidade emocional e a falta de segurança. No tempo de Macabeus todos esperavam pela Palavra profética vinda de um homem de Deus. Hoje temos esta palavra, mas falta-nos a sensibilidade para a tomarmos como sendo real, muitas vezes a ida à Casa do Senhor é meramente social, não se presta a devida atenção ao que está sendo falado, e não se procura viver sob a orientação e manifestação de Deus. Manda-se pelo celular pequenas mensagens de vida, esperança que na realidade são mais auto ajuda que lembretes proféticos do Senhor. A Bíblia apesar de muito lida nos tempos atuais, não é estudada em profundidade, não nos interessa o conceito de pecado, nem o conceito de responsabilidade, queremos viver sob a égide do belo sem compromisso, queremos Deus, mas não seus mandamentos e ordenanças, queremos a vida, mas não suas responsabilidades de como viver.

Queremos falar, não importando quais as implicações que nossas palavras terão a frente ou no grupo, ou ainda no mundo. O exemplo mais recente desse tipo de vida foi a colocação do Presidente Trump, ao anunciar a mudança da embaixada dos Estados Unidos de TelAviv para Jerusalém, suas palavras criaram um grande problema não para seu país, mas para todo o universo do oriente médio, onde os ânimos são acirrados naturalmente. É esse tipo de interação de vida que a grande Aldeia vive, e onde Deus não tem mais lugar, mas o chamado emponderamento é seu máximo. Apoderar, por sua vez, está relacionado com aideia de tomar o poder, o domínio ou a posse de algo, alguém ou determinada situação, e não há lugar para as diretrizes divinas.

O Advento é então o momento de, volto a repetir como já disse na semana passada, reflexão da vida e da própria existência como ser humano, e como esse ser se relaciona com o Divino. Shalon.

 

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Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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