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17/02/2018

Uma releitura - Pr. Pedro R. Artigas

Uma releitura  - Pr. Pedro R. Artigas

Uma releitura

Pr. Pedro R. Artigas

Igreja Metodista

 

Segundo reza a lenda acabou o carnaval, começou o ano, pelo menos aqui no Brasil. A lenda diz que o ano só começa na quarta feira de cinzas, que até essa data vivemos o esplendor da festa do Natal, e agora começamos a trabalhar.

Será que baseado nessa tradição é o que o samba enredo da Escola de Samba Beija Flor do Rio de Janeiro escreveu o seu samba, dizendo que “Do pai que renegou a criação,
refém da intolerância dessa gente retalhos do meu próprio criador julgado pela força da ambição sigo carregando a minha cruzà procura de uma luz, a salvação!”

Sinceramente eu escutei o samba e procurei a letra na internet para tentar entender o que ela quer dizer. Seriam palavras soltas formando frases de pouco efeito? Ou seriam palavras sem sentido formando rimas sem nexo? Ou será que os compositores se esforçaram para mostrar um pensamento que segundo eles poderia representar o pensamento de muitos?

Continuei lendo e na segunda estrofe diz: “Estenda a mão, meu senhor,Pois não entendo tua fé, se ofereces com amor me alimento de axé, me chamas tanto de irmão, e me abandonas ao léu, troca um pedaço de pão, por um pedaço de céu”.

Nestas duas estrofes, encontro palavras que de certa forma perturbam, elas se referem a Deus?  Se for me desculpem, mas Deus não renegou sua criação, pelo contrário Ele a busca incessantemente até hoje. Na verdade, somos nós quem o renega ao buscarmos sempre em fontes chamadas na atualidade de alternativas, mas que a Bíblia nos ensina como cisternas rotas, que sempre acabam nos trazendo não a paz, mas a infelicidade e a tristeza.

Outra frase que me inquieta é a que diz que me chamas tanto de irmão e me abandonas ao léu, será que realmente abandonamos quem busca com sinceridade o Criador?  Muitas vezes buscamos não o pão que desceu do céu, mas buscamos o pão que alimenta nossa vida física, e nos esquecemos que os dois pães andam juntos, é necessário compreender que o pão que alimenta nossa vida física é o companheirismo e a fé que nos faz caminhar irmanados pelo mesmo ideal, ou seja, se somos alimentados com o pão físico devemos também buscar na verdade o pão que alimenta o espírito e não tentarmos somente nos privilegiar sem que haja o retorno através do amor e da fé em Cristo. Sem aproveitar da fé dos que nos ajudam a carregar o fardo.

Outra frase que me preocupa é que não é oferecido o pão físico somente, e nem é trocado o pão físico pelo pão espiritual que nos leva a salvação, como se fosse uma barganha. Infelizmente nos acreditamos que Deus em seu poder e majestade pode ser barganhado ou pode ser levado a fazer as coisas que queremos na hora que queremos, e da maneira como queremos. Esse equívoco, muito real, tem levado sim, muitos a buscarem em outras cisternas, deuses que os sirvam como servos, e eles possam como senhores determinar suas necessidades mais prementes.

Estamos invertendo os polos de adoração, temos adorado muito mais o homem que a Deus, acreditando que o homem pode sim nos levar a realizar nossas vontades a todo e qualquer momento. Buscamos relacionamentos sem compromissos, tal como agimos com nossos semelhantes. Esquecemos que Deus é sempre Deus e nada menos, e que nós somos mortais e somente mortais e nada mais.

Se cantarmos a música sómente no sentido de cantar como papagaios sem nada levar em conta, não precisaremos fazer nenhum exercício de raciocínio e engoliremos como aliásengolimos tantas porcarias sem ao menos refletir sobre o elas relatam. Mas não nos queixemos que não somos ouvidos pelo Criador, que como diz Jesus: “busca adoradores que o adorem em verdade e espirito, como nos ensina o apóstolo João em seu evangelho capítulo 4, versículo 23. Se o ano começa somente agora como ensina a lenda, então é necessário que busquemos Deus a enquanto se pode achar, e o invoquemos enquanto está perto, conforme o profeta Isaias capítulo 55, versículo 6. Então devemos realmente ver que o ano não começou agora após o carnaval, mas que temos 49 dias do novo ano, já é muito tempo para começar. Venha enquanto é tempo. Shalon.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas Igreja Metodista

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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