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23/02/2019

CARNAVAL - Pr. Pedro R. Artigas

CARNAVAL - Pr. Pedro R. Artigas

CARNAVAL

 

Pr. Pedro R. Artigas

 

Há exatos 13 anos atrás escrevi esta crônica que volto a publicá-la por estarmos na mesma época. Seu assunto é tão atual quanto o era no passado. Tenho infelizmente a certeza que nada mudou, continuamos com a mesma prática, e infelizmente como pais ainda não estamos fazendo nossa lição de casa, ou seja de educar e orientar nossos filhos e filhas. O Carnaval está chegando e com ele os mesmos problemas que relato neste texto. Que ao lê-lo possamos nos alertar para os fatos e tomar as direções que necessitamos. Boa leitura.

“Passamos por mais um carnaval, não podemos mensurar os acontecimentos ocorridos nestes dias de folia generalizada. Fico como pai preocupado pela euforia desmedida de nossos filhos nos dias de hoje, quando o muito beber, que infelizmente hoje é sinônimo de valentia e maturidade (sic), o drogar-se que para muitos é também sinônimo de liberdade, e que parece nossos filhos e filhas conseguem a cada dia se superar no consumo da morte, e por sua vez a imaginação dos propagadores da morte não tem fim, tudo isso me assusta.

Também a prática sexual desregrada, a distribuição gratuita de preservativo, como se fosse a solução para o problema de tanta disseminação de doenças sexualmente transmissíveis, sendo agora também a moda de quem mais beija neste carnaval, tudo isso praticado de forma animalesca, que me desculpes os animais, pois é sem dúvida alguma rebaixá-los ao mais ínfimo patamar da sociedade viva mundial, pois nem entre os animais há este tipo de comportamento.

E com todas estas situações, me vem a lembrança um fato ocorrido numa cidade de Santa Catarina nos idos de 1995 que passo agora a relatar. Um pai médico excelente, tinha uma filha adolescente de 16 anos, muito bonita, muito querida na sociedade da cidade, boa aluna, foi seduzida por uma amiga para irem passar o carnaval em outra cidade do estado onde a festa era grandiosa, o pai não querendo que sua filha ficasse traumatizada, nem com raiva dele permitiu sua ida com a amiga.

A menina foi e durante uma semana divertiu-se a larga na festa, e fez o que todos fazem, bebeu muito, praticou muito sexo e voltou para casa alegre e faceira com sua aventura, contando a família e a todos amigos como tinha e divertido naquele carnaval. Passados alguns dias recebeu em sua casa uma carta vinda do Rio de Janeiro, de um jovem que havia conhecido durante aqueles dias, e ao abri-la qual a sua surpresa pois a carta assim se iniciava: Parabéns você agora é sócia do clube!

Diante de seu natural espanto continuou a leitura, pois não havia se filiado a nenhum clube durante o carnaval, mas ao continuar a leitura seu rosto foi ficando lívido pois o jovem a felicitava pela contaminação do vírus do HIV que ele havia transmitido a ela.

Toda família caiu em desespero, seu pai, médico, declarou-se impotente e incapaz de curar a filha, pois sua medicina não lhe permitia que a curasse, a menina viu todo seu mundo de repente desabar, ou esvair-se como fumaça na manhã de inverno. 16 anos, flor da vida, condenada a morte, seu pai, sentindo-se culpado pela condenação da filha, acreditava que se tivesse dito não, veria toda a formosura da filha pela vida, abalou-se profundamente e consigo toda a estrutura familiar, porque simplesmente como pai não tivera a autoridade de impor sua orientação.

Terminamos mais um carnaval, quantos pais não souberam dizer não aos filhos e filhas, e quantos estarão agora chorando pela morte ou por outros acontecimentos ocorridos nestes dias. Jesus nos diz no Evangelho de Mateus capítulo 22, versículo 29:” errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Erramos no trato de nossos filhos e ou de nossas famílias, porque não conhecemos a verdade divina, porque não levamos a sério as Palavras de Deus, porque não permitimos que Ele venha e faça morada em nossos corações e dentro de nossas famílias, porque acreditamos que mais importante que Deus é a sociedade, o consumo, o não educar nossos filhos e filhas. Creio que este momento de pré-Carnaval seja o tempo ideal para refletirmos sobre nossa atuação como pais, e como orientadores de nossos filhos, para que não choremos a tristeza da perda.  Busquemos o Senhor enquanto se pode achar, diz sua palavra e este é o momento”. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

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