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05/12/2020

Segundo domingo do Advento - Pr. Pedro R. Artigas

Segundo domingo do Advento - Pr. Pedro R. Artigas

Segundo domingo do Advento

Pr. Pedro R. Artigas

Só para relembrar, domingo passado comemoramos o primeiro domingo do advento e, se voltarmos nosso olhar para trás, veremos que desde o domingo passado até este já se passaram 100 anos sem a palavra de Deus sobre a terra. O universo está em silêncio, não há profeta ou alguém que fale pelo Senhor Deus, o povo sobre a terra começa a se preocupar, o povo que estava acostumado a levar suas dificuldades e problemas ao profeta, ou ao Templo, agora não ouve mais a Palavra, eles povo de Israel tinham uma referência, o profeta que falava por Deus, agora o silêncio.

Naquele tempo esperavam pelo nascimento do Salvador, e agora nós esperamos pela sua volta, naquele tempo Deus queria purificar seu povo para a chegada do Messias, e hoje quer que nos purifiquemos para o retorno do Salvador, e como naquele tempo nós queremos ser purificados?

Hoje vamos ver as palavras de Pedro em sua segunda carta, capítulo 3, versículos de 8 a 15 onde o assunto principal é a questão escatológica. O apóstolo assim diz: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.

Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.

Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada”;

Naquela época a Igreja de Cristo estava sofrendo com os hereges gnósticos, como nos aponta o capítulo dois, eles abandonaram a esperança escatológica (em outras palavras, a esperança da volta do Senhor). Questionavam a veracidade da promessa da vinda de Cristo. Queriam saber o que aconteceu com a promessa, visto que os pais já dormiram e tudo continuava como sempre foi. O capítulo três aborda a questão colocada no capítulo dois, mostrando que o dia do juízo final não tardará: mesmo que para os seres humanos pareçam mil anos, para Deus é como um dia (v. 8). E o apóstolo inicia o versículo 8, repetindo as palavras de Moisés no Salmo 90, “pois mil anos aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite”.  E como esta palavra é verdadeira, o tempo parece demorar quando está por vir, mas quando passa é breve e desprezível. Pedro se vale ao se referir ao último dia, de modo que isso demonstra a eternidade do Senhor, pelo que Ele extrapola qualquer medida de tempo em Sua essência e Sua operação; nós em nossa humanidade achamos que Deus se atrasa em nos atender, ou nos abençoar, mas Seu poder , nunca se atrasa, e sua obra chega a nós em perfeição.

Sua “demora em nos atender” podemos dizer que representa o tempo exato para que nos arrependamos, que mal que iríamos praticar, ou que estávamos praticando. Seu tempo é diferente não é devagar, nem muito rápido.

E Ele não retarda sua promessa ainda que como já dissemos julguemos seja demorada, o “atraso” da vinda do Senhor é uma reação humana à forma como Deus concebe o tempo. Uma explicação para o atraso é atribuída ao caráter de um Deus misericordioso. Embora a crueldade da humanidade exigisse ação imediata, Deus detém sua ira justa e adia o julgamento. Deus não é lento para voltar , palavra contida neste capítulo 3, versículo 9, mas lento para a cólera e cheio de amor, conforme o livro de Êxodo capítulo 34, versículo 6, : “Passando, pois, o Senhor perante ele, clamou: O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade”. Esta palavra foi falada por Moisés quando foi buscar as segundas tábuas da Lei no Monte.

Essa paciência de Deus para com o seu povo visa à sua conversão.  Se pensarmos e olharmos por esse prisma  veremos que os 400 anos sem palavra profética foi para Deus nada mais que algumas horas,  e se olharmos agora para frente veremos também que o tempo está chegando, e cumpre a nós nos prepararmos para sua volta, pois Ele não quer que ninguém se perca, ou como diz o texto que ninguém pereça, mas que todos cheguemos ao arrependimento. Voltando às palavra de Malaquias, se naquele tempo todos deveriam se preparar para serem purificados como o ouro e a prata, também hoje devemos nos preparar, pois temos agora o Sol da Justiça que é Jesus, porque ele é a fonte de luz e calor vital para a Igreja e também fonte de misericórdia e benignidade para nós, pois seus raios trarão saúde e força , deleite e alegria, segurança e proteção.

E para terminar, o versículo 18 nos chama a razão, precisamos crescer na graça e no conhecimento, isto é, em todo comportamento cristão. Pode ser que haja graça sem crescimento, por algum tempo, como pode ocorrer que haja vida natural sem crescimento. Porém, uma vida assim doentia, da alma e do corpo, acabará em morte, e a cada dia aquela vida diminuirá um pouco mais. Saúde é o meio pelo qual ocorre tanto crescimento natural como o espiritual. Se o mal remanescente de nossa natureza pecaminosa não for diariamente mortificado, destruirá o homem todo, à semelhança do que ocorre pelo efeito do mau humor no corpo. Este é o segundo domingo do advento, um alerta para nós hoje em nossa caminhada para a vida eterna. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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