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27/03/2021

Domingo de Ramos - Pr. Pedro R. Artigas

Domingo de Ramos - Pr. Pedro R. Artigas

Domingo de Ramos

Pr. Pedro R. Artigas

Estamos comemorando neste domingo a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, momento glorioso, mas também de certo modo triste.

Relendo o evangelho de João no capítulo 2, versículos 24 e 25, era a primeira Páscoa de seu ministério, logo após o casamento de Caná, e era em Jerusalém após Jesus purificar o templo. E lá o texto diz que Jesus não confiava naquelas pessoas. Vejamos o texto: “mas o próprio Jesus não confiava neles, porque conhecia a todos. E não precisava que alguém lhe desse testemunho a respeito das pessoas, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana”.

Agora na última Páscoa de seu ministério, novamente Jesus entra em Jerusalém como fizera todos os anos desde sua infância, mas aqui pode parecer diferente, pois as pessoas que o aclamam com mantos e ramos de palmeiras e proclamam “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel”, serão os mesmos que alguns dias depois gritarão solta-nos Barrabás.

O que fez com que aquelas pessoas mudassem tão rapidamente seus pensamentos e suas orientações? O fato de Jesus não ser o “rei” que eles esperavam. Não o rei conquistador e libertador do jugo romano que eles acreditavam que seria. Mesmo entre seus discípulos havia homens que esperavam por essa ocasião para poderem iniciar a guerra contra Roma. Simão o zelote, era um desses. Mas quem seriam os zelotes? Os zelotes eram uma seita judaica radical do tempo de Jesus. Os zelotes acreditavam na luta armada contra os romanos e esperavam um Messias guerreiro. Esse fato levou-os a desacreditar de Jesus, esqueceram que o Reino propagado por Jesus não era terreno, mas espiritual, que era devolução da vida tirada de nós pelo pecado de Adão.

Ainda hoje esperamos um Rei guerreiro, que venha lutar por nós as batalhas da vida diária, e nos esconda sob o seu manto protetor, para que nada possa nos alcançar. Se assim proceder o aceitaremos e seguiremos, e com certeza estenderemos mantos e ramos de palmeira pela estrada de nossa vida para que ele continue a caminhar, mas sem nosso compromisso.

Vamos a missa ou ao culto como missão social, o espiritual pode ficar de fora. O espiritual exige de nós obediência não ao ritual, mas ao espiritual, de observância dos mandamentos deixados, e não queremos essa fidelidade.

O dia de Ramos, deveria ser considerado o início da maior festa da Cristandade, o Cordeiro puro sem mácula foi imolado para que tivéssemos a vida devolvida, Satanás perdeu a guerra, não a batalha! 

A entrada triunfal pode ser comparada ao texto de Apocalipse capítulo 3, versículo 20: “eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. É receber voluntariamente, é se renovar com as suas palavras, com suas graças e dons, é deleitar-se em seu amor e bênçãos, é se deixar levar para a vida eterna onde continuaremos a cear com ele na mesa da paz e da vitória.

A entrada triunfal precisa acontecer em nosso coração de maneira viva, clara, e permanente, precisamos ser transformados pelo amor de Jesus. Precisamos entender as palavras de João capitulo 10, versículo 9: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagens”.

Abramos nosso coração para a entrada triunfal de Jesus, que tem preparado a mesa da vida para aqueles que crerem em seu nome e guardem seus mandamentos, como João nos ensina no capítulo 15, versículos 10 e 11: “se vocês guardarem os meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”. Isso é a entrada triunfal de Jesus. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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