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09/10/2021

Nossos Desertos - Pr. Pedro R. Artigas

Nossos Desertos - Pr. Pedro R. Artigas

NOSSOS DESERTOS

Pr. Pedro R. Artigas

A vida dos cristãos pode ser dividida em 3 momentos, como foi a de Moisés. Oprimeiro momento é o Egito,  que em nossa caminhada podemos definir como sendo o tempo de escravidão, que regularmente chamamos de mundo. O segundo momento é o deserto ou os vales, que são nossas lutas diárias, os problemas que cotidianamente enfrentamos. O terceiro momento é a terra prometida, também chamada de céu, nossa morada com o Pai, ou a vida eterna.

O deserto em nossa vida pode ser pedagógico.Essa palavra no grego quer dizer “paidós” – criança - e “agogé” – condução. Os pedagogos são aqueles profissionais nas escolas incumbidos de formular o processo de ensino e aprendizagem. Precisamos entender que a promessa de Deus é maior que o nosso deserto, pois Ele é o pedagogo por excelência. Outro fator de entendimento é que a Bíblia nos ensina que todos os homens e em todos os momentos, os heróis bíblicos tiveram seu deserto. Uns para cumprimento de promessa, outros para aprendizado.

Normalmente nós cristãos tememos enfrentar nossos desertos pessoais, porque pensamos que lá só encontraremos sofrimento e solidão. Mas mesmo dentro do deserto podemos encontrar benefícios, como encontraram os hebreus na caminhada pelo deserto e foram alimentados e cuidados por Deus.

O povo hebreu caminhou 40 anos no deserto quando poderiam ter chegado a Canaã em mais ou menos 2 anos. O momento era de aprendizado do povo, era também o momento de reconhecimento que Javé era o único Deus verdadeiro. Também nesse aprendizado deveriam aprender a se portarem como nação, pois tinham sido escravos por 400 anos. Não adiantava o povo querer cortar caminho, ou procurar o melhor caminho. Um fato de interesse é que Deus usa dos mesmos métodos conosco hoje em dia. Enquanto tivermos cabeça dura continuaremos no deserto, mas no momento em que nos abrirmos e começarmos a obedecer sairemos de lá. Para Deus o tempo não importa, só para nós.

Quanto mais cedo aprendermos a obedecer e a adorá-Lo, mais cedo nosso deserto poderá acabar. Precisamos entender que quem faz o tempo de deserto somos nós, assim como o povo hebreu. Deus quer nos preparar para receber a benção, e infelizmente muitos de nós não está preparado para recebê-la, mesmo frequentando uma igreja, mesmo dizendo que é convertido ou qualquer outra desculpa. E nossa melhor prova é quando surge o deserto à nossa frente, muitos ficam sem saber como agir, fica, digamos sem chão, e retarda a benção pois não compreende que a melhor solução é obedecer.

Existem pessoas que Deus faz prosperar através da benção e elas voltam correndo para o Egito (mundo)abandonando o caminho que trilhavam. Não souberam aproveitar o momento para aprender e amadurecer. Deserto é então um lugar de amadurecimento.

A Bíblia nos ensina que o Senhor ia adiante deles, numa nuvem durante o dia para que continuassem pelo caminho certo, e a noite em uma coluna de fogo, para iluminá-los e aquecê-los. Em nossos momentos de deserto Deus sempre está conosco, nunca se aparta. Deus supre todas as nossas necessidades.

O deserto também é lugar de livramento. Eles haviam saído do Egito, estavam agora no mar Vermelho e como atravessar? E para piorar os egípcios vinham atrás para levá-los de volta. E a resposta está em Êxodo capítulo 14, versículos 13 e 14: “Moisés, porém, respondeu ao povo: não tenham medo; fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes fará no dia de hoje, porque vocês nunca mais verão esses egípcios que hoje vocês estão vendo. O Senhor lutará por vocês fiquem calmos”.

O deserto é também lugar de vitória. Conforme Êxodo capítulo 14, versículo 25 a palavra é dos próprios egípcios: “emperrou as rodas dos carros dos egípcios, fazendo com que andassem com dificuldade. Então os egípcios disseram: vamos fugir da presença de Israel, porque o Senhor Deus está lutando por eles contra os egípcios”. Ainda hoje quando estamos no caminho e nos aparece o mar, e o mundo às costas, ficamos sem saber como agir. É hora de aprendermos a ouvir o que Deus nos fala. Ele tem a vitória, e aqui o Egito atestou essa vitória.

É local de humilhação e provação e grandes bênçãos. deserto não é acidente de percurso, mas, sim uma agenda de Deus, é escola do próprio Deus. É o local onde Deus trabalha em nós para depois trabalhar através de nós.

Deserto é lugar de milagres.Deserto é lugar para marchar e não ficar parado. Não é lugar de murmuração ou reclamação é lugar para prosseguir para o alvo. O povo hebreu como nós marchava, mas murmurava e reclamava, a caminhada ficava mais pesada. Só veremos o milagre acontecer se pararmos de murmurar. Em meio às nossas inquietações e provações Deus nos diz: marchem. E aos líderes, como a Moisés, usem o cajado, podemos dizer que o cajado representa os talentos que foram dados por Deus para ajudar quem necessita. Porém o milagre só é concedido àquele que caminhar por todo deserto, ou para aquele que persevera. No deserto Deus nos ensina a caminhar em caminho reto, sem curvas. Também é o lugar onde melhor ouvimos a voz de Deus, são os oásis que temos pelo caminho, assim como o povo hebreu, é o lugar onde Deus revela a sua vontade e seus propósitos para nossa vida.

O deserto é lugar de passagem,é lugar onde aprendemos a ser servos que confiam de todo coração nas promessas de Deus. Se estivermos passando pelo deserto é porque precisamos ser tratados pelo Senhor. A maioria do povo desagradou a Deus com seu comportamento. Por essa razão a maioria morreu no deserto. Naquela época alguns foram longe demais e praticaram a idolatria, outros praticaram a imoralidade, e também provocaram e falaram mal de Deus exaltando outros deuses. Falaram mal do maná e das codornizes que lhes era mandada dia após dia. Creio infelizmente que ainda hoje fazemos a mesma coisa, reclamamos que trabalhamos muito ou que não temos trabalho, reclamamos do calor, do frio, de tudo.

Precisamos nos lembrar que sobre nós há uma coluna de nuvens que nos cobre do sol e temos o fogo que nos aquece durante a noite, são as providências de Deus em nossa caminhada pelo deserto. Continuamente precisamos do maná e da água e temos que nos cuidar do mar que pode nos tragar. Podemos passar pelo deserto e sermos vitoriosos, basta que sejamos perseverantes em todas as coisas e com certeza colocaremos nossos pés na TERRA PROMETIDA. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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