Igualdade feminina

Pr. Pedro R. Artigas

Na próxima semana, na terça-feira, 08, comemoraremos o Dia Internacional da Mulher, data especial para os homens reconhecerem a excelência da mulher.

Mas temos lido e ouvido que as mulheres elegeram a igualdade como lema e tema de suas ações, até aqui tudo bem no mundo globalizado que vivemos. É realmente bom que as mulheres se valorizem num mercado competitivo como o que vivemos nos dias de hoje.

Mas será que para se igualarem aos homens as mulheres precisariam também descer aos mesmos níveis de conduta dos homens? Será que a igualdade passa pelos vícios do fumo, do álcool e das drogas?

Temos visto mulheres ao redor do mundo que procuraram a igualdade de forma diferente e hoje são aclamadas por sua inteligência e por sua conduta, mas na maioria das vezes infelizmente a mulher procura nivelar-se por baixo, não procurando mostrar que como mulher tem muito mais a oferecer que simplesmente seu corpo. A imagem da mulher objeto ou da mulher burra, como nos dizia uma antiga música, que era bastante sem graça para não dizer outra coisa, não é a realidade, mas ainda muito usada.

As mulheres quando procuram ser iguais aos homens, não o fazem dentro da disputa pelo conhecimento, mas de quem bebe mais, ou de quem fuma mais, e isto leva a outro problema, as mulheres entraram com grande força dentro de uma enfermidade até então dominada pelo homem, o enfarte e o derrame.

Atualmente é muito grande o número de mulheres que estão morrendo enfartadas, ou estão tendo derrames cerebrais, ocasionados por uma alimentação errada, por muito fumo e também pela grande ingestão alcoólica, iniciada muitas vezes ainda na adolescência.Para isto basta que andemos pelas ruas de nossa cidade nas noites de fim de semana para que vejamos nossos adolescentes, rapazes e moças bebendo cada vez mais cedo.

A mulher que já é piloto de nave espacial, a mulher que é grande empresária, sendo muitas vezes mais sábia que o homem para negócios, ou muito mais terna como médica, ainda acha que precisa também se igualar nos defeitos.

Quando leio a Bíblia e encontro ali grandes mulheres que nunca procuraram ser iguais aos homens sob o aspecto negativo, mas souberam com sua delicadeza e sua inteligência sobrepujarem e se demonstrarem numa terra dominada pelo sexo masculino.

A Bíblia nos relata figuras como Débora, juíza de Israel no tempo onde somente homens tinham valor e podiam ser juízes, e onde a mulher nada mais era que objeto de procriação, como está no livro de Juízes capítulo 4, versículos 4 e 5: “E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo”. A história desta maravilhosa mulher está relatada no livro de Juízes, como uma lembrança a todos nós homens e mulheres quanto ao seu valor.

Podemos ainda citar Rute que se tornou rainha de Israel conforme é relatado em seu livro, ou Ester em seu livro também na Bíblia.Se quisermos saber o maior de todos os momentos na vida das mulheres é lermos os Evangelhos e láencontramos Maria, que em sua tenra juventude foi chamada para ser mãe do Salvador. E nenhuma destas mulheres precisou igualar-se aos homens para serem vistas e importantes dentro da história não só do seu tempo, mas da história da humanidade.

Se houver necessidade ainda de igualar-se aos homens, mulheres o façam pelo nível mais alto, como fizeram as mulheres bíblicas que podem nos servir de exemplo em dias tão conturbados como os de hoje. Pois é sentida a necessidade de pessoas determinadas, é chegada a hora de todas as mulheres mostrarem seu grande valor. Shalom.