A verdadeira família de Jesus - Pr. Pedro R. Artigas
A verdadeira família de Jesus
Pr. Pedro R. Artigas
Às vezes é difícil passar um dia sem falar na pandemia de Covid, pois todos os dias temos notícias que nos desalentam, são amigos que se vão, outros que quando menos se espera são internados, a aflição tem sido de nível insuportável, mas é aí que nasce o amigo segundo o livro de Provérbios capítulo 17, versículo 17: “Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão”.
É hora de nos unir em uma só e grande família, precisamos saber manter a esperança, fazer o isolamento daqueles que têm alguma morbidade, seja ela a diabetes, ou obesidade, ou mais perigosas como problemas cardíacos, problemas renais, ou mais frágeis, pela idade ou pela própria condição física.
E é aqui que me vem à mente um texto bíblico, que nos faz ver como necessitamos uns dos outros. Como no texto de Provérbios, que Salomão nos diz: que é na angustia que nasce o irmão, e fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família. Portanto, não é difícil para nos imaginarmos membros da família de Jesus. Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não têm qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual – e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão. A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus. Soube confiar no plano de Deus, e mostrou-nos que a nós também é possível essa confiança. Ser obediente, reconhecer que somos todos a família de Jesus, é tornar-se fiel, conhecedor de seus mandamentos e orientações. Shalom.
Fonte: Pr. Pedro R. Artigas